sábado, 31 de janeiro de 2009

Manaus do meu coração

Inicio uma série sobre o amor que sinto por Manaus. Pretendo contar minhas histórias, todas verídicas, sobre o que esta cidade me proporcionou e vem me proporcionando desde que passei a morar aqui, em 2003.
Não vai seguir uma ordem cronológica, e nem vai ser possível fazer publicação diária sobre o assunto. Também não terá uma data certa para a última publicação.

Manaus do meu coração
Confesso: não foi paixão a primeira viagem. Precisei vir, voltar, vir...
A primeira impressão é a que fica e o sentimento...Ah! ele pode ser transformado!
O meu primeiro encontro com Manaus não foi nada romântico, principalmente quando desci do avião e me deparei com o aeroporto. Achei pequeno (pudera avião pequeno só pousa no Eduardinho). Eu sempre imaginava um aeroporto imenso, igual aqueles que apareciam na televisão. No caminho para o hotel fui observando as paisagens, os viadutos, as belezas da cidade grande, até que... ao entrar nas ruas dos bairros me deparei com homens de sunga tomando banho de sol no meio da rua (alguns lavavam carros, outros empinavam pipas, etc.)... Um pausa para interrogação: Genteeee isso pode??? A resposta foi bem convincente: as praias ficam distantes da cidade então vale tudo pra pegar um bronzeado. O sol contribuia e as pessoas pareciam nem se importar se estavam com o corpo sarado ou não!

E o "passeio" até o hotel continuava. Era apenas o meu primeiro dia em outro Estado. Haja asfalto, tudo era longe.
Fiquei pelo menos 15 dias, curtindo férias. Para variar chovia toda a manhã e as ruas do centro da cidade me deixavam loucas. As vezes pensava que eu estava em um lugar e na verdade já estava em outro. Tentava voltar e entrava cada vez mais no labirinto.
Voltei para minha terra natal e pensei: nunca quero morar em Manaus, ô cidade sem sal!!!
Anos depois estava eu de volta para colocar em prática um trabalho de consultoria. O trabalho e o cansaço não deram muita chance para eu reclamar da cidade. Era hotel X trabalho, trabalho X hotel.
Ainda arrisquei sair algumas noites para os ensaios de boi bumbá no sambódromo. Tudo, de fato, era realmente diferente. Ficava olhando de um lado para o outro, de cima (arquibancada) para baixo... Nunca tinha visto tanta gente diferente em um só lugar...Eu estava de alguma forma encantada! Pude perceber que o dois pra cá e dois pra lá dos bumbas tinha dado espaço para uma coreografia um tanto quanto provocante e o jeito era mesmo observar até quem sabe da próxima eu consegui mexer o braço e as pernas com o mesmo sincronismo dos amantes do caprichoso e garantido. Pura ilusão, até hoje eu ainda estou fora do ritmo. (rs)
E por falar em Manaus... a esta altura eu já estava paquerando a cidade que deixou rastros de saudade quando fui embora. Mas confesso, nunca pensei em voltar pra cá.
Se ironia ou não, um dia voltei para Manaus de mala e cuia, deixei, infelizmente minha família, meus amigos...
Desta vez não tive como resistir aos encantos da cidade e aos poucos fui descobrindo uma ternura intensa que se transformou em amizade, paixão, AMOR...
Se um dia eu tiver que morar em outro lugar, eu vou chorar de saudade da minha querida Manaus.

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